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Brasil e Santa Sé, 190 anos de amizade. Ouça o Card. Parolin


No dia da Independência, o Cardeal Parolin celebrou missa no Colégio Pio Brasileiro – RV

Cidade do Vaticano – As relações diplomáticas entre o Brasil e a Santa Sé estão completando 190 anos. O início formal desta amizade foi no dia 23 de janeiro de 1826, quando Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal, Plenipotenciário enviado por Dom Pedro I a Roma, entregou suas cartas credenciais ao Papa Leão XII. A Santa Sé apenas reconheceu a independência do Brasil depois que Portugal o fez, em agosto de 1825. O primeiro Núncio na América Latina foi Monsenhor Pedro Ostini acreditado junto ao Imperador Pedro I em 1829, e designado Delegado Apostólico para toda a América Latina.

A diplomacia trabalhou muito ao longo destes anos e hoje, a relação entre Brasil e Santa Sé está ainda mais consolidadas, depois da assinatura do Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil em 13 de novembro de 2008.

Em entrevista exclusiva à RV, o Cardeal Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, explica o significado das relações diplomáticas:

Bem estar espiritual e material, principalmente dos mais pobres

“Existe um reconhecimento recíproco e a presença de um representante do Papa (no Brasil) serve precisamente para promover, favorecer e tutelar também o bem da Igreja e dos Católicos no país. Creio que é preciso destacar também o fato que as relações diplomáticas têm uma dimensão mais ampla: a Igreja não se interessa apenas pelos “seus”, por suas ovelhas, mas se interessa pelo bem de todo o país. Portanto, as relações diplomáticas têm também este sentido, o significado de cuidar do bem estar espiritual e material do país e de todos os seus habitantes, principalmente os mais frágeis e pobres e colaborar – outro aspecto que me parece importante ressalta – com a paz e a prosperidade do mundo. Assim sendo, é uma visão mais ampla, que supera o âmbito do país e contempla a comunidade internacional, onde a presença da Santa Sé sempre foi em favor da paz. Estes são os significados fundamentais das relações”.

Na homilia proferida no Colégio Brasileiro, em 7 de setembro, o Senhor falou da ‘dupla cidadania’, a pertença às comunidades eclesial e estatal. Poderia desenvolver este conceito?

Contemplar a Pátria terrena e a Pátria celeste

“A dupla cidadania é uma expressão muito bela e data dos primeiros tempos do Cristianismo. Já se falava desta ‘dupla cidadania’: os cristãos que são cidadãos de uma pátria terrena, à qual nutrem lealdade, e que ao mesmo tempo, são cidadãos da Pátria celeste. Existe uma relação que é necessário sublinhar: ser cidadãos da Pátria celestes e olhar ao alto, ao Céu, aonde nos espera o Senhor e todos os Santos, Madre Teresa, canonizada neste domingo, não significa reduzir o nosso compromisso pela pátria terrena, não enfraquece a nossa pertença; ao contrário, a reforça, porque os cristãos têm motivações muito fortes, que provêm do Evangelho, para trabalhar em favor de todos os seus compatriotas e pelo bem de seus países. Existe, assim, esta dupla pertença, mas também esta relação muito estreita entre ser cidadãos do Céu e cidadãos de uma pátria na terra”.

Que votos faria ao povo brasileiro, neste momento histórico?

Paz e valores que embelezam a vida

“Os votos ao povo brasileiro são que a proteção de Nossa Senhora Aparecida – quando estive na América Latina, aprendi a apreciar a devoção a Maria, que faz parte do DNA da fé dos povos latino-americanos e do povo brasileiro em geral. Que o povo possa crescer realmente na paz, que significa – como nos diz o Concílio – todo o conjunto de bens e valores que permitem a cada homem e à comunidade civil gozarem de prosperidade, de bem estar, liberdade, democracia e todos os valores que embelezam a vida”.


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