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Homilias de Dom Fernando Antônio Figueiredo

Mt 2, 1-12 – Epifania do Senhor



Numa pequena gruta nos arredores de Belém, não muito distante de Jerusalém, reúnem-se, em uma perspectiva “católica”, os simples e os sábios, os pobres e os ricos com sua generosidade, o povo de Israel, representado pelos pastores, e os primeiros pagãos, os reis magos. É a Epifania, epipháneia, manifestação de Jesus ao mundo. Primícias da nossa vocação e da nossa fé, exórdios do Evangelho do amor e da esperança.


Em Jerusalém, a comoção é geral. Corre a notícia da chegada de alguns príncipes estrangeiros, que pediam informações sobre um “rei dos judeus”, que acabara de nascer. Aos ouvidos dos habitantes de Jerusalém, soa a promessa feita a Abraão de que seus descendentes seriam como as estrelas do céu, dos quais um seria o futuro Messias (Nm 24,17). Em Herodes, a perplexidade do povo se transforma numa profunda ansiedade, pois ele já havia matado dois dos seus filhos e estava prestes a matar o primogênito, Antípater, e agora surgia uma nova ameaça: alguém para arrebatar-lhe o poder.


Alheios a todas essas preocupações, os Magos apenas queriam saber onde devia nascer o anunciado pela estrela. A resposta oficial dos sacerdotes e escribas é dada a Herodes, que envia os Magos a Belém, pátria de Davi, pedindo-lhes que mandassem informações precisas sobre o local do seu nascimento, pois mergulhado em seus pensamentos sombrios, ele arquitetava a morte do suposto Messias, ao qual simulava prestar o devido culto.


Desde o momento em que os Magos partiram de Jerusalém, “eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino”. S. Inácio de Antioquia exclama: “Todos os astros, juntamente com o sol e a luz, formaram coro em torno do astro, e ele projetou sua luz mais do que todos”. Ao verem o Menino com Maria, sua mãe, os Magos se prostram diante dele em adoração, conforme costume oriental, e lhe oferecem presentes. S. Leão Magno diz que “do tesouro do seu espírito tira o ouro, aquele que reconhece o Cristo como rei de toda criatura; oferece a mirra, aquele que crê que o Filho único de Deus assumiu nossa natureza humana; e exprime sua reverência oferecendo o incenso, aquele que o confessa igual ao Pai, em tudo, absolutamente”. Depois de prestarem homenagem ao Menino, alegres e agradecidos, eles retornam à sua pátria, levando no coração as mais belas esperanças.

Respeitando reverentemente os testemunhos bíblicos, que falam da santa humanidade de Jesus, nós o reconhecemos como Deus, eternamente Deus, que vem a nós para nos comunicar a sublimidade do amor e a infinita beleza da verdade.


Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm

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