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Homilias de Dom Fernando Antônio Figueiredo

Mc 1,21-28 - A cura da sogra de Pedro



Logo no início de sua vida pública, Jesus costumava ir à casa de Simão, que vivia em Cafarnaum. Certa feita, vendo a sogra de Pedro doente, Jesus dela se aproxima e a toma pela mão, levantando-a da cama. O fato de a febre passar imediatamente, graças ao toque de Jesus, faz com que São Jerônimo suplique: “Que o Senhor toque também nossa mão, para que sejam purificadas nossas obras, que Ele entre em nossa casa, para que nos levantemos para servir”. Ao entardecer, já curada, a sogra de Pedro servia-os.


Ao curar os doentes, falando e agindo como presença da benevolência de Deus e de seu inesgotável amor, Jesus anuncia a vinda do Reino de Deus, em sua própria pessoa. Seus seguidores hão de ter a mão sempre estendida àquele que está caído, para levantá-lo e transmitir-lhe novo ânimo; como também, ao que está angustiado ou acorrentado às realidades materiais, para resgatá-lo e reconciliá-lo com Deus. Fazendo eco às palavras do Mestre, eles anunciam a presença do Reino de Deus, início da jubilosa era da presença de Jesus, e atraem à Boa Nova do Evangelho numerosas pessoas, que ressurgem para uma nova vida e se prontificam a servir o pão da misericórdia e da bondade aos seus semelhantes.


Com a cura da sogra de Simão Pedro, a fama do Mestre correu de boca em boca e se espalhou por toda a região. Os vizinhos e habitantes da cidade “levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio”, e Ele, impondo as mãos sobre cada um, os curava e os libertava dos espíritos imundos. Seu amor é sem limites. Ele atendia às súplicas de todos e restabelecia a vitória da paz sobre a violência, da bondade sobre a maldade.


Ao raiar do dia, como era seu costume, Jesus saiu e foi para um lugar solitário, pondo-se em oração. Em vários momentos, Ele se encontra em oração durante horas e, até mesmo, ao longo de noites em claro, o que suscita em nós uma inquieta interrogação: podemos abandonar a oração? O exemplo de Jesus desperta a convicção de que só teremos uma relação pessoal com o Deus vivo, caso nos coloquemos em oração, isto é, mantendo, no dizer de Evágrio, “uma real conversação com Ele”. Por sua vez, no tocante à oração, Santo Agostinho lembra que ela não tende a atrair Deus para nós, pois “Ele é mais íntimo a nós que nós a nós mesmos”. Para Agostinho, ela não apenas nos aproxima de Deus, mas nos permite tomar consciência de sua proximidade, o que nos enseja dizer, com S. Macário: “Senhor, tudo está em Ti, eu mesmo estou em Ti, acolhe-me! ”.


Dom Fernando Antônio Figueiredo. ofm

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