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Cuba: Governo nega pela terceira vez a liberdade sob fiança ao líder do MCL


Eduardo Cardet / Foto: Facebook do MCL


HAVANA - Yaimaris Vecino, esposa de Eduardo Cardet, informou na terça-feira passada que o governo cubano rechaçou o terceiro pedido de liberdade sob fiança que o advogado apresentou a favor do Coordenador Nacional do Movimento Cristão Libertação (MCL), preso violentamente no dia 30 de novembro de 2016.


“Ontem comunicaram ao advogado a negativa sobre a mudança de medida solicitada. O recurso que ele apelou é denominado ‘apresentação de provas’ e quer dizer que a Promotoria nega as provas que apresentamos, as provas que a defesa tem, ou seja, as testemunhas”, denunciou Vecino em declarações à Rádio Martí.


A esposa do líder do MCL recordou que o objetivo da medida apresentada “era libertá-lo sob fiança”, porque “nos preocupa muito a sua situação na prisão por tudo o que sabemos que está acontecendo com ele lá dentro”. “É a terceira tentativa que a Promotoria nega”, indicou.


Atualmente, Cardet está detido na prisão de Holguín à espera de um julgamento por delitos comuns. Entretanto, o MCL denunciou que o regime inventou as acusações a fim de encarcerá-lo pelo seu trabalho opositor e por ter criticado ante a imprensa internacional o legado que Fidel Castro deixou em Cuba.


Além disso, através do site do MCL, Yaimaris Vecino denunciou que nos primeiros dias de sua detenção, Cardet “foi agredido por um recluso”. “Eduardo está sendo permanentemente ameaçado e a Segurança do Estado difunde rumores e instiga criminosos para que o agridam”, alertou.


Pedem a OEA que interceda a favor de Cardet


Por sua parte, em 6 de janeiro, o MCL dirigiu uma carta ao Secretário Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro Lemes, solicitando que “insista cordialmente aos membros fundadores e posteriores da OEA que realizem um pedido aos que sequestraram o Dr. Eduardo Cardet Concepción, Coordenador Nacional do MCL em Cuba”.


No texto, o movimento dissidente recordou que o enfurecimento do regime comunista contra Cardet não é recente.


“Foi expulso do seu trabalho como médico no povoado de Velasco, província de Holguín. Perseguiram e ameaçaram ele e sua família. Sua esposa, Dra. Yaimaris Vecino, e seus dois filhos foram testemunhas das diferentes perseguições e detenções. Atualmente, está na prisão provisória de Holguín, onde é ameaçado pela Segurança do Estado, que ainda incita outros detentos a agredi-lo. Ele está correndo perigo”, advertiu.


O MCL recordou que Cardet foi eleito Vice-presidente da Organização Democrata Cristã da América (ODCA 2013) e promoveu a campanha “Um cubano, um voto”, a fim de que através de uma nova lei eleitoral “todos os cubanos tivessem o direito de escolher e ser escolhidos”.


Esta iniciativa foi apresentada em 12 de julho de 2016 à Assembleia Nacional do Poder Popular. Entretanto, ao não obter resposta, os ativistas do MCL entregaram cópias do documento a 92 deputados, apesar das ameaças e represálias. “Queremos recuperar este direito que os cubanos não têm desde 1948”, indicou.


O movimento explicou a Almagro que “a nossa visão no MCL é apoiar a construção de uma sociedade democrática, justa, diversa e tolerante, onde todos os cubanos possam ter ‘direito aos direitos’, como sempre enfatizava o nosso líder fundador Oswaldo Payá”.


Além da carta ao Secretário Geral da OEA, o MCL enviou missivas também ao Parlamento Europeu e à Santa Sé, a fim de solicitar que intercedam a favor de Cardet Concepción.

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