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Cardeal Tobin destaca posição pró-vida de Trump, mas critica política migratória


Cardeal Joseph Tobin. Foto: Captura de vídeo


WASHINGTON DC - O Arcebispo de Newark (Estados Unidos), Cardeal Joseph Tobin, destacou os estímulo à causa pró-vida dados pela administração do presidente Donald Trump, mas ao mesmo tempo expressou sua preocupação com as políticas migratórias lançadas pelo presidente norte-americano.


“Acredito que o fato de o vice-presidente (Michael Pence) e outros funcionários da Casa Branca terem participado da Marcha pela Vida”, em 27 de janeiro, “foi algo muito encorajador, e acho que é um bom impulso”, disse ao Grupo ACI em uma entrevista no dia 31 de janeiro.


O Purpurado recordou que participou desta marcha várias vezes e “ficou surpreso pela dedicação das pessoas que se manifestaram” em defesa dos não nascidos, apesar do frio que estava fazendo no mês de janeiro. Um fato que “muitas vezes é ignorado pela imprensa”, advertiu.


Por isso, afirmou que a atenção que o governo deu este ano à Marcha pela Vida foi “um grande presente para o povo”, inclusive porque, ao questionar o silêncio da mídia, de alguma forma a obrigou a cobrir a manifestação multitudinária pró-vida deste ano.


Entretanto, durante a entrevista, disseram ao Cardeal que para os católicos a administração de Trump pode ser “um pouco desconcertante”, porque, embora tenha sido favorável a temas pró-vida, é completamente o oposto quando se trata do tema da imigração.


Isso ocorre devido às ordens executivas assinadas por Trump. A primeira, do dia 25 de janeiro e intitulada “Segurança Fronteiriça e Melhorias ao Controle de Imigração”, estabelece a construção de um muro ao longo da fronteira com o México.


A segunda foi assinada dois dias depois e suspende por 120 dias o Programa de Admissão dos Refugiados, a entrada de refugiados sírios indefinidamente e a entrada durante 90 dias de cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, países classificados como “áreas de preocupação”.


No entanto, esta última medida foi bloqueada em 3 de fevereiro pelo juiz James Robart, do estado de Washington. Na quinta-feira, 9 de fevereiro, o 9º Tribunal de Apelações dos Estados Unidos decidiu manter a suspensão do decreto.


Na entrevista, realizada alguns dias antes da decisão do juiz Robart, o Arcebispo de Newark reconheceu sua preocupação com ambas as ordens que prejudicam os “refugiados de alguns lugares do mundo que mais sofrem” e “a qualquer povo que vier de vários países diferentes”, como também as pessoas que pertencem ao Islã.


Mas, expressou sua confiança em que ambas as ordens não só serão questionadas pelos bispos, como também “por outros grupos interessados e talvez os tribunais” – como ocorreu há alguns dias depois com Robart. “Acredito que o que os bispos precisam fazer e o que fazemos é dizer a verdade, e dizer a verdade à luz do Evangelho”, afirmou.


Nesse sentido, diante da pergunta se ele recebeu algum tipo de conselho do Vaticano, o Cardeal Tobin recordou que recentemente teve um breve encontro com o Pe. Michael Czerny, Secretário do novo Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.

“O Pe. Michael Czerny veio me visitar e disse que o Santo Padre não sente a necessidade de intervir, porque ele acredita que os bispos, não só um bispo, mas os bispos norte-americanos estão dando uma resposta adequada, uma resposta evangélica”, expressou.

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