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Homilias de Dom Fernando Antônio Figueiredo

Mc 10,13-16 - Jesus e as crianças

Trazidas por suas mães, as crianças rodeiam Jesus, “para que Ele lhes impusesse as mãos e fizesse uma oração”. Jesus, o profeta da misericórdia, anuncia a alegre notícia da salvação, sinal do amor de Deus pelo ser humano, ao qual Ele comunica felicidade e paz. Porém, notando que os Apóstolos, para poupá-lo, impedem a aproximação das crianças, Ele os repreende, com uma expressão amiga e bondosa, dizendo: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim”. Manifestando seu amor e carinho por elas, Jesus impõe as mãos e ora sobre as crianças, como fizera, em outras ocasiões, com a hemorroíssa e o surdo-mudo. No entanto, em todos os tempos e lugares, a necessidade que as pessoas têm de tocar ou receber uma bênção, pela imposição das mãos, revela não só o senso sacramental que as anima, mas também a confiança que elas depositam na bondade divina, mais real do que o gesto aparente.


Jesus, ao oferecer seus braços às crianças, as equipara aos “pobres em espírito”, referidos na primeira bem-aventurança, aos quais Ele promete o Reino dos Céus. Admirados, os Apóstolos alcançam a realidade espiritual intencionada por Jesus e sentem-se convocados a se assemelharem às crianças, banindo de seus corações a visão estreita e egoísta da vida, para terem, “no espírito de criança”, um modo simples e despretensioso de ser e de viver. A propósito, observa Apolinário de Laodiceia: “O que a criança tem por natureza, Deus deseja que tenhamos por escolha: confiança, simplicidade, não guardando rancor em face aos erros alheios, tendo amor pelos pais, ainda que castigados por eles”.


Jesus aproveita a presença das crianças para exortar seus seguidores a se abandonarem confiantemente a Deus, como seus verdadeiros discípulos, pois a eles, os “pequeninos”, o Pai revela os segredos do seu mistério amoroso. Pobres e humildes, eles cresciam no conhecimento da Palavra de Deus e na prática do bem, afastando da vida a frieza e a indiferença, pois a grandeza do ser humano reside na gratidão pelo amor que Deus tem por ele. Alimentados pela Palavra divina, seus corações transmitem esperança, pois, no dizer de S. Basílio Magno, “eles experimentam a ternura e o amor que Deus tem para com seus filhos, acolhidos e abençoados por Ele”.




Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm

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