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Homilias de Dom Fernando Antônio Figueiredo

Lc 9,22-25 - Condições para seguir a Jesus



Justamente após a profissão de fé do Apóstolo S. Pedro, os discípulos encontram-se diante de um novo enigma: Jesus anuncia sua paixão e morte. Alimentando o sonho da vinda de um Messias político, perturbados e preocupados, eles escutam suas palavras, sem ousar pedir-lhe um esclarecimento. Porém, ao longo do caminho, voltando-se para os discípulos, Jesus lhes diz: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”. Segui-lo não é apenas acompanhá-lo ou ir atrás dele, mas é participar de sua vida e de sua cruz; é estar preparado a sacrificar a própria vida no anúncio do Evangelho.


No desejo de fortalecê-los, Jesus lhes apresenta uma exigência paradoxal: “Quem quer salvar a vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”. Orígenes dirá que a expressão: “‘Perder a vida por causa de mim’, significa mais do que por causa de Jesus, é perdê-la por causa de sua união com Ele”. Para isso, era preciso assumir a decisão de abandonar a própria profissão, a própria casa, a família, para se entregar ao anúncio da boa notícia da vinda e da proximidade do Reino de Deus.


Caracteriza-se, assim, uma verdadeira conversão religiosa, condição necessária para ser membro da comunidade dos seguidores de Jesus: o “sim”, dado por eles, expressa o reconhecimento de ser Jesus o caminho para se chegar à salvação. Uma vez, constituídos discípulos, vivendo em sua intimidade, eles são enviados a pregar o Evangelho, com o poder de curar os enfermos e expulsar os demônios (3,14-15). Alegria, bondade, caridade, desprendimento do mundo temporal, eles se transformam e, identificados com Jesus, deixam seu olhar de perdão, benevolência e compreensão orientar suas decisões e ações. Fato este que os leva a conservar uma das mais belas e densas lembranças da convivência com Jesus: sua oferta de salvação à humanidade toda inteira e a convicção de que o reinado de Deus está ligado, indubitavelmente, à sua própria vinda a este mundo.



Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm

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