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Reabrem o Santo Sepulcro de Cristo em Jerusalém


O Santo Sepulcro após a restauração. Foto: Daniel Ibáñez (EWTN Katholisches TV)


ROMA - O Santo Sepulcro, a tumba onde foi depositado o corpo de Jesus depois da crucificação, voltou a brilhar em todo o seu esplendor.


As obras de restauração foram concluídas oficialmente alguns dias antes da Semana Santa e os peregrinos já podem entrar no recinto sagrado.


Em uma cerimônia ecumênica simples e simbólica, representantes das três igrejas cristãs responsáveis pela custódia do Santo Sepulcro – a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Ortodoxa Armênia – agradeceram pela reabertura do Santo Sepulcro.


Falaram a respeito desta reabertura Sua Beatitude Teófilo III, Patriarca greco-ortodoxo; Francesco Patton, Custódio franciscano da Terra Santa; Sua Beatitude Nourhan Maougian, Patriarca Armênio Apostólico; e Dom Pierbattista Pizzaballa, Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.


O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, participou da cerimônia ecumênica junto com os representantes de outras Igrejas e comunidades cristãs presentes na Basílica do Santo Sepulcro: coptos, sírios, etíopes e luteranos.


Dom Pizzaballa afirmou que “a aparente missão impossível da restauração da Santa Edícula se tornou possível porque nós permitimos que Deus iluminasse os nossos pensamentos, nossos olhos e nossos laços”.


“Acredito que a maioria dos habitantes de Jerusalém e todos aqueles que estão familiarizados com a vida no Santo Sepulcro, em geral com a vida dos cristãos em Jerusalém, não podia acreditar que este momento seria possível. Muitas vezes, quando os peregrinos, os cristãos locais, também os não cristãos, visitavam a Basílica e perguntavam quando seria possível a restauração da Edícula, a resposta imediata era: ‘Nunca veremos este dia’. Mas este dia ‘finalmente chegou’”.


O Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, indicou que “o Santo Sepulcro, onde nosso Senhor foi enterrado e onde ressuscitou, é o custódio da nossa fé. Mas também das nossas respectivas histórias, das nossas identidades. É o espelho do que somos”.


O Santo Sepulcro

A tumba de Cristo se encontra dentro de um pequeno templo conhecido como Edícula, construído em 1801 – depois que um terremoto destruiu a estrutura anterior – que está dentro da Basílica do Santo Sepulcro.

De estilo barroco otomano, a Edícula sofreu novamente os efeitos dos terremotos em 1927, causando uma destruição gradativa que forçou a instalação, em 1947, de colunas de aço para evitar o seu desmoronamento.


Atualmente, as obras de restauração permitiram retirar estas colunas e contemplar a estrutura limpa e com todas as suas policromias e inscrições claramente visíveis, em todo o seu esplendor sob a grande cúpula que cobre o transepto da basílica.


O trabalho de consolidação e restauração do edifício teve um orçamento de 3 milhões e 500 mil dólares. O financiamento foi feito pelas três denominações cristãs responsáveis pela custódia do sepulcro.


Também receberam ajudas do governo grego e de benfeitores particulares. Além disso, o Fundo Mundial para os Monumentos desempenhou um papel importante na arrecadação de fundos.


As contribuições econômicas para as obras também procederam de países muçulmanos. Assim, o rei Abdullah II da Jordânia ofereceu uma doação, assim como as autoridades palestinas, que não quiseram ficar de fora do projeto e fizeram uma contribuição econômica para a restauração da tumba de Cristo.


Agora, é aberta uma nova fase nas obras de restauração da Edícula, que começará depois das celebrações da Semana Santa e da Páscoa. Segundo explicam fontes da Custódia da Terra Santa através de um comunicado de imprensa, “deverão remover todo o pavimento em torno da Edícula, refazer todas as canalizações, restaurar todas as pedras do piso e substituí-las por outras do mesmo estilo, consolidar as bases da Edícula assegurando a estabilidade sísmica do conjunto”.


Sem dúvida, trata-se de uma fase muito interessante e que trará surpresas, pois, assinalam na Custódia, será possível fazer escavações arqueológicas que na fase anterior, agora concluída, não puderam ser feitas.

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