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HOMILIA NO XI DOMINGO COMUM ANO - A


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Irmãos e irmãs, hoje nos reunimos para mais uma vez realizar na Sagrada Liturgia aquilo que o Senhor nos ordena; no AT por meio de Moisés, e no texto do Evangelho que acabamos de ouvir por seu próprio Filho: Ele quer que sejamos sinal dEle no meio do mundo, realizando a nossa vocação de sermos um Povo Sacerdotal. Mas, o que é próprio do ofício sacerdotal? O autor da Carta aos Hebreus nos responde de forma clara: “Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados”. Isto tem, pois como finalidade a reconciliação e a paz com Deus que cria também a paz com todos os demais. Hoje os textos nos indicam ser esse ofício uma obrigação de todo o Seu Povo. No AT através de Moisés, faz uma Aliança, tomando sempre Ele a iniciativa; iniciativa que também toma o Senhor aos chamar os Doze. Lá e cá, quer dizer o mesmo: todos são chamados por Deus a assumir este chamado que faz Deus e que é fonte de graça para todos. Deus lá o faz, fazendo daquelas 12 tribos dispersas Seu Povo, no Evangelho, o Senhor faz o mesmo, pois o Povo, lamenta-se Ele, está como um Rebanho sem Pastor. O Pastor do Rebanho é Deus, mas os que Ele chama com esta missão, devem torná-Lo presente para todos entre todos, isto é, no meio do mundo e daqueles que não o conhecem ou o rejeitam. E como o fazer? O autor de Hb já nos disse: sendo mediadores, representantes de todos diante dEle e Dele para todos. E como o fazemos? Oferecendo sacrifícios pelos pecados. Aqui, entra um particular que nos causa sempre dificuldade: devemos fazer isso também por aqueles que nos perseguem, nos caluniam, nos odeiam, enfim, pelos nossos inimigos... Sejamos sinceros: assim se dá. E assim se dá, posto que, marcados pelo pecado, temos dificuldade em nos libertar do aspecto erótico do amor que deve tornar-se ágape. São Paulo mesmo o reconhece e procura nos elevar às alturas so Amor nos recordando que foi ainda quando éramos pecadores que o Senhor nos amou; que É Ele quem nos atraiu, amou e se deu por inteiro fazendo a reconciliação entre nós e Deus, o Pai. Isto soa a nós, ainda, como algo incompreensível, e o é de fato! O é, pois não somos capazes de compreender humanamente a imensidão do Amor de Deus por nós. Entretanto, caros irmãos, não nos esqueçamos que este mesmo Amor foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, Ele próprio o Amor único capaz de nos libertar de nós mesmos. Só, assim, com seu divino auxílio somos capazes de participar do que o Único e Supremo Sacerdote, Pastor que deu a Vida pelo Rebanho fez por nós: amou-nos até o fim! E quando éramos pecadores. Pra esta Missão, que é Sua Missão!, que o Senhor nos convoca: a Reconciliação e a Paz, frutos do Seu Amor por nós. Uma vez batizados, nós fomos integrados nesta missão. Todos, pessoal e comunitariamente somos chamados a oferecer este culto espiritual agradável a Deus. Isto comporta assumir a parte que nos cabe na Aliança de Amor que o Senhor fez e faz sempre conosco. Ninguém está dispensado. Se a Missão é do Senhor, não significa que dela não participemos. Se somos seus membros e Ele nossa Cabeça, É Ele quem a realiza e a quer realizar até que volte, através de nós, da Sua Igreja, Novo Povo de Deus. Aquilo que Ele manda-nos realizar, como libertação, é a busca de superação de tudo aquilo que diminui o ser o humano e desfigura a imagem de Deus em nós, seja isto espiritual ou material, numa palavra: do pecado! A eficácia da Missão não será nunca obra de nossas mãos, mas da Sua ação amorosa. A recompensa nós todos já recebemos, Seu Amor que nos liberta e impulsiona a Amar. Ainda uma coisa deve ser dita. Tudo isto será possível se nós nos esvaziarmos como o Senhor e buscarmos nEle, a vontade do Pai. Somente o retorno ao essencial e ao que moveu Deus a enviar-nos Seu Filho que se esvaziou, é que poderemos recobrar sempre ânimo para recomeçar, recomeçar e recomeçar, sem esmorecermos; sem nos importar recompensa neste mundo, pois o Amor é gratuito. E se dificuldades surgem, contemplemos a Cruz, pois ali está a fonte e o termo da nossa participação na Missão do Senhor. E como tudo isto nos foi gratuito, gratuitamente somos chamados a comunicar. O que na Liturgia fazemos é a elevação ao Pai da nossa participação nisto tudo. Mas não termina aqui: começa nEle, desenvolve-se nEle e terminará no eterno abraço quando com Ele nos encontrarmos eternamente. Que a Virgem Mãe, que nos pede obedecer a Ele, ela a primeira Discípula e Missionária nos ajude a levá-lo a todos. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Autor: Prof. Pe. Mestre Samuel Pereira Viana Nascido em Duque de Caxias (RJ) e Ordenado Presbítero na Diocese de Santo Amaro. Mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.Pároco: Paróquia São José (2008- atualmente).

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