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Núncio da Venezuela com o Papa: que o bem do povo seja uma prioridade


“Com a violência não se resolvem os problemas”, disse o Papa ao Núncio - REUTERS


Cidade do Vaticano - “O bem do povo deve se tornar uma prioridade: somente assim se pode alcançar a paz”. Palavras do Núncio Apostólico na Venezuela, Dom Aldo Giordano, após ser recebido em audiência na manhã desta segunda-feira (26/06) pelo Papa Francisco.


A visita está em continuidade com aquela feita no início do mês por parte da Conferência Episcopal do país sul-americano, que atravessa uma grande crise político-econômica e social, com protestos quase diários contra o governo de Nicolás Maduro, que já provocaram a morte de quase 80 manifestantes.


Dom Aldo Giordano conversou com a Rádio Vaticano após seu encontro com o Papa:


“Sou muito reconhecido ao Papa por este encontro. O Papa expressou a sua proximidade, o seu afeto pelo país Venezuela, em particular expressou o seu sofrimento e a sua comunhão com as vítimas das violências que existem, sobretudo as jovens vítimas e as suas famílias. Conhece muito bem a situação política e social e está preocupado. Eu pude relatar a ele o que está acontecendo, o que acontece em nível de manifestações populares, dos problemas do povo da Venezuela, do problema da comida, dos medicamentos e também das dificuldades de ir ao encontro de uma solução. Infelizmente não se vê muita luz neste momento, porém o Papa encorajou muito a encontrar caminhos de solidariedade, o caminho de dar esperança às pessoas, manter uma fé e também reiterou que a Santa Sé está disponível para toda ajuda, caso se abrirem possibilidades de qualquer tipo de tratativa, ou quando constatar que existe uma vontade real de enfrentar os problemas. O Papa diz sempre que devemos ajudar a Venezuela. Portanto, existe uma mistura de sofrimento e também uma renovada confiança. O Papa está preocupado, sobretudo, para que não haja violência. Ele diz: “com a violência não se resolvem os problemas”. Portanto, devemos ter a coragem de tomar outros caminhos”.


RV: O senhor é o representante do Papa naquela terra tão martitizada, onde parece não existir diálogo entre os governantes e a população. Talvez este seja um dos males maiores..


“Eu expressei ao Papa Francisco o grande afeto do povo venezuelano. Sobretudo os jovens me dizem: “Núncio, por favor, leve o nosso abraço ao Papa”. Existe muita confiança, portanto, existe um povo da Venezuela que deseja a paz. E infelizmente – você tem razão – neste momento a voz deste povo não encontra muita expressão. Portanto a esperança é de que este povo bom da Venezuela possa, de qualquer forma, impor a sua agenda, que é uma agenda de reconciliação, de enfrentar os verdadeiros problemas, porque a família tem problemas concretos”.


RV: Os remédios, os cuidados, a comida... As notícias que chegam são dramáticas...


“O povo está sofrendo. Fazemos votos de que o bem do povo se torne uma prioridade para todas as forças políticas. Acredito que então se poderia também encontrar soluções ou iniciar processos também para tratar soluções políticas”.

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