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Parolin: Papa e Vaticano não mediram esforços para resolver a crise venezuelana


Venezuelanos que vivem no México protestam diante da Embaixada da Venezuela - AFP


Caracas – O Conselho Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou no domingo, 30, que 41,53% dos eleitores – o que equivale a cerca de 8 milhões de pessoas – elegeram a nova Assembleia Nacional Constituinte, que contará com poderes ilimitados e será encarregada de redigir uma nova Carta Magna. O Cardeal Pietro Parolin reafirmou que o Papa e Secretaria de Estado não mediram esforços para resolver a crise.


Conferência Episcopal venezuelana

O Cardeal Jorge Urosa Savino, por sua vez, havia declarado que a convocação para a votação era “ilegal e inválida, pois não foi convocada pelo povo”. “Os bispos venezuelanos – reiterou - são unânimes em rejeitar a Constituinte e pedem ao governo que mude a sua atitude”, sublinhando que a reforma constitucional está “longe de solucionar os problemas” e que só irá “agravar o conflito político”.


A consulta popular foi marcada por conflitos violentos que provocaram ao menos dez mortes. A oposição, que não participou dos comícios, qualificou a consulta como “ilegítima”.


Cerca de dez países, incluindo o Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, não reconheceram o processo.


Os esforços do Papa e da Santa Sé por uma solução negociada e pacífica

Ao participar da Missa do Encontro “Vênetos no mundo” no último sábado, o Cardeal Pietro Parolin declarou a jornalistas que o Papa e a Secretaria de Estado se “empenharam muito” para buscar uma solução para a crise na Venezuela, que deve ser “pacífica e democrática”, “procurando ajudar a todos, indistintamente, e chamando cada um às próprias responsabilidades”.


“Sim, nos empenhamos muito, um pouco também por este afeto que tenho pela Venezuela, tendo trabalhado ali”, afirmou o Cardeal, que foi Núncio no país de 2009 a 2013.


“É sempre muito delicado – prosseguiu o Cardeal – interferir nas situações dos países. Eu espero somente que o Senhor - penso na leitura de Salomão - dê sabedoria a todos e coragem para fazer escolhas que sejam para o bem daquela população”.


“Os mortos são muitos – sublinhou – e acredito que não existam outros critérios a serem seguidos se não o bem destas pessoas. É necessário encontrar uma maneira pacífica e democrática para sair desta situação e o único caminho é sempre o mesmo: se deve encontrar, conversar - mas seriamente - para se encontrar um caminho de solução”.


O purpurado também salientou que a Igreja venezuelana “não está do lado da oposição, mas apoia a maioria de nosso povo” que “quer que mude o governo” e “quer fazer isto de modo pacífico”.


Oposição convoca novos protestos

Momentos antes do anúncio dos primeiros resultados, a coalização opositora Mesa de la Unidad Democrática (MUD) convocou novos protestos de massa, já a partir desta segunda-feira.


O Presidente Nicolás Maduro, por sua vez, falou a seus seguidores na Plaza Bolívar de Caracas, logo após o anúncio dos resultados.


O mandatário disse que “esta é uma Constituinte para colocar ordem, para fazer justiça e defender a paz”.


(JE/Agências)

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