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Advento com Esperança


Foto: Pixabay


Com o Advento, tempo de preparação para o Natal, tem início o ano novo litúrgico de 2018. Este primeiro domingo do Advento traz um convite à esperança. Durante o Advento predomina na Liturgia um espírito penitencial de conversão e mudança de vida, porque o Senhor vem de novo nascer entre nós e precisamos estar bem preparados para recebê-Lo. O que agrada a Deus, como é sabido, é um coração humilde e arrependido, as mãos cheias de boas obras, os pés na estrada, fazendo o bem. Por isso, no ambiente litúrgico a cor prevalente é o roxo, não se canta nas Missas dominicais o glória, nem se excedem no altar flores e enfeites. O tempo, então, é penitencial, inclusive de confissão sacramental, e também de fazer o bem. Mas o Advento começa com a esperança. A alegre expectativa da vinda do Senhor, trazendo-nos os seus dons, deve nos animar para vivermos o santo Natal. Na coroa do Advento, com as quatro velas, hoje, acende-se a primeira, exatamente, a de cor verde, símbolo da esperança.


A Liturgia do Avento nos traz à lembrança as três vindas do Senhor: a histórica ocorrida há pouco mais de dois mil anos, a sacramental no presente quando se celebra o mistério da vida do Senhor, e a sua última vinda no fim dos tempos. No Evangelho da santa Missa de hoje, como conta São Marcos, Jesus responde às perguntas dos discípulos acerca do dia e hora de quando acontecerá isso – Mc 13, 33-37. O Senhor virá, sem que se saiba quando, como afirma Jesus: “Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem, à meia noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!”. Este trecho evangélico enfatiza a vinda última ou escatológica de Cristo. Mas, o Senhor virá também ao encontro de cada um de nós, quando se completar o tempo da nossa vida individual e a irmã morte nos bater à porta. Importa estarmos sempre vigilantes e atentos à sua vinda no aqui e agora. Na celebração litúrgica do Natal, o Senhor virá de novo. De igual modo, importa irmos ao encontro do Senhor, e que Ele nos encontre em atitude geral de vigilância, perseverantes na oração e na prática da caridade, e de alegre esperança certos de que Ele nos dará a paz e o bem neste Santo Natal.


Venho falando sobre o momento brasileiro atual, destacando a imoralidade que campeia no geral, mas priorizo a imoralidade que ataca a família, porque está na base da imoralidade na política, na economia e no social, praga que assola o nosso país. Falo hoje da “Ideologia de Gênero”, da sua doutrinação que pretende começar nas escolas para dar uma formação sexual às nossas crianças; falo desta que é a praga maior contra a família.


A ideologia de gênero pretende afirmar que o sexo é uma coisa e a identidade masculina ou feminina é outra coisa. O sexo é biológico e a identidade sexual é gênero, isto é, uma construção social, uma escolha pessoal. Por ex. uma pessoa do sexo masculino poderia escolher o gênero feminino para viver ou vice-versa. A filosofia que está por traz desta teoria segue a linha “desconstrucionista” que basicamente pretende desconstruir a verdade existente até agora, porque teria sido uma construção de quem teve o poder para impô-la hegemonicamente sobre a sociedade. Então, não é verdade que o ser humano nasce homem ou mulher, isso seria uma construção do pensamento hegemônico prevalente no mundo, ele, porém, é quem deve construir a verdade para si, escolhendo livremente a sua identidade sexual. Por isso toda verdade seria relativa, cada qual deveria fazer a sua. Até que seria bonito se fosse assim, mas a realidade não é esta, a essência das coisas não é como a gente quer que seja, as coisas têm aquilo que lhe é próprio e o constitui, têm a sua verdade e autonomia.


As palavras podem mudar com o tempo, mas a essência, o conteúdo, não muda. A ideologia de gênero não é uma simples questão de troca de palavras, mas é um trabalho de troca da verdade, do conteúdo, da essência. Esta doutrina parte da premissa de que “gênero”, como os seus teóricos o definem, é um conceito verdadeiro, insuspeito e fora de qualquer dúvida e crítica. Alguém já levantou a suspeita de que é por isso que essa doutrina está sendo levada às criancinhas das escolas, exatamente porque elas ainda não desenvolveram a sua capacidade crítica e são passíveis de absorver qualquer coisa. A formação sexual é dever e direito dos pais, da família. Devemos lutar contra a pregação ideológico-sexual nas escolas. E gritar, basta!


Autor: Dom Caetano Ferrari

Diocese de Bauru (SP)

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