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Bispo de Chapecó: “fica o legado, é possível recomeçar”


Torcedores diante da Arena Condá em Chapecó - REUTERS


Rádio Vaticano – O bispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, falou com a Rádio Vaticano sobre a tragédia do voo da Chapecoense.


"É um momento difícil de se falar. Não tem palavras que possam expressar este acontecimento. Nós queremos, em primeiro lugar, manifestar nossa comunhão e solidariedade.


Estamos sofrendo juntos, todos. Queremos viver isso não com desespero, mas na dimensão da fé, da esperança. Sabemos que o que pode nos unir, o que nos dar força, o que pode reforçar nossa comunhão neste momento é a dimensão da fé, da oração, o pedido e a intercessão da presença, da graça e força de Deus."


“Estamos aqui com esta tragédia, tentando entender esse momento difícil para toda a região, principalmente para os familiares das vítimas".


RV: Uma tragédia que pega uma cidade inteira de surpresa num momento de alegria...


“Tudo preparado para ser uma grande festa, e está se encaminhando agora com essa tragédia: meu Deus, estamos sem saber o que dizer. Fizemos uma nota como diocese, fiz um vídeo também deixando uma mensagem a todos os familiares. Hoje à noite, as 18h30 teremos na catedral a Santa Missa já nesta intenção. Depois vamos ver os possíveis encaminhamentos segundo as orientações de quando começarão a chegar os corpos.


RV: O senhor além de pastor é torcedor...


“Pois é, nós estivemos lá na semana passada no jogo com o San Lorenzo, e a classificação para a final. Foi alegria, muita festa. A cidade toda estava neste clima, neste entusiasmo, e meu Deus, hoje de manhã acordamos com essa tragédia, com essa notícia. Até então parece um sonho, parecemos não acreditar ainda. Todas as informações confirmam o acontecido.


RV: O que dizer aos chapecoenses hoje...


“Neste momento, qualquer palavra parece não ter a força necessária para expressar o que estamos sentindo. Em todo caso, neste momento nossa atitude vai ser de presença, de acompanhar, de solidariedade, de participar dessa dor com as famílias, os amigos, e depois toda a família chapecoense, os torcedores que estavam tão animados para esta festa da final. Vamos estar juntos, aceitando este momento trágico, e ao mesmo tempo, renovando esse sentido que a morte não é o final de tudo, ela traz dor e sofrimento, mas a vida continua portanto, a fé deve ser um ponto de força para todos, especialmente para os familiares, para continuar a vida, para continuar lutando, e guardando então como ponto de motivação, o exemplo bonito que este time estava dando, cada pessoa individualmente, vestindo essa camisa, e lutando juntos por um sonho. Fica deles, esse aspecto bonito de uma equipe que – sem grandes recursos econômicos – mas no sentido bonito de time, de força associativa, não era só os jogadores, a diretoria, toda a caminhada do clube fica como legado que certamente deverá ser continuado. Neste momento, a nossa presença e solidariedade, dizendo que a vida continua, vamos pra frente, é possível recomeçar”.

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