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Fátima: "Santidade de Lúcia não está dependente das Aparições"


Irmã Ângela Coelho destaca "fidelidade" que marcou vida da vidente e religiosa carmelita


Fátima - A vice-postuladora da causa de canonização da Irmã Lúcia abordou as qualidades que podem abrir caminho à santidade da vidente de Fátima, salientando que ela “não está dependente” da ligação às Aparições de Nossa Senhora.


Em entrevista à Agência ECCLESIA, a irmã Ângela Coelho referiu que, durante o processo diocesano inserido na causa da canonização, foi possível verificar o empenho da Irmã Lúcia “na fidelidade à vocação e à missão”.


“Tal como com os seus primos, a santidade de Lúcia não está dependente das aparições de Fátima, mas da fidelidade com que respondeu ao dom que o Senhor lhe deu”, disse a religiosa do Instituto da Aliança de Nossa Senhora, recordando uma frase dita por São João Paulo II quando beatificou Francisco e Jacinta Marto.


Recorde-se que estes dois beatos da Igreja Católica em Portugal, que com Lúcia constituem os três pastorinhos de Fátima ou os videntes que presenciaram as Aparições de Nossa Senhora, foram consagrados pelo Papa polaco a 13 de maio de 2000, no Santuário de Fátima.


Para a irmã Ângela Coelho, a “fidelidade à vocação, à missão, ao dom de Deus”, é mesmo “o primeiro sinal de que a Irmã Lúcia irá também ser um modelo” para os outros, na fé.


Um exemplo de vida que, para a mesma responsável, também pode ser modelo para todos quantos abraçam hoje a vida consagrada, uma vez que Lúcia também viveu se entregou a Deus como religiosa carmelita de clausura, durante quase 60 anos e até ao final da sua vida, aos 97 anos.


“Não apenas porque foi fiel mas porque foi fiel durante muito tempo e este ser fiel no tempo, em 97 anos, é um sinal de esperança e de encorajamento para aqueles de nós que também formos vivendo assim”, frisa a vice-postuladora.


Numa entrevista que pode ser lida na edição desta sexta-feira do Semanário ECCLESIA, especialmente dedicada a Lúcia de Jesus, são ainda apontadas outras três qualidades marcantes na vida da pastorinha, a sua capacidade de obediência, a sua humildade e a sua alegria.


“Sabemos que teve as suas dificuldades, teve os seus momentos onde não foi fácil, mas a Lúcia escolheu sempre o caminho da obediência, de obediência à Igreja, uma caraterística também de todos os santos”, acentuou a irmã Ângela Coelho.


No que toca à humildade, a vice-postuladora nota que Lúcia teve “o dom extraordinário” de perceber, no meio da “quantidade de pessoas que a procuravam”, que não era ela o centro das atenções mas sim “Nossa Senhora”.


“Numa época onde tanto se deseja o protagonismo, a irmã Lúcia aponta-nos a humildade, e que diante de Deus somos todos instrumentos”, assinala a vice-postuladora.


Quanto à terceira qualidade, da alegria, a irmã Ângela Coelho releva o “sentido de humor” da vidente de Fátima, um traço da sua personalidade que sobressaia mesmo em “momentos muito difíceis” e independentemente do contexto, quer estivesse a falar “sobre si, das circunstâncias ou sobre o agir de Deus”.


A Diocese de Coimbra e a vice-postulação da Causa de Canonização da Irmã Lúcia (1907-2005) vão promover a 13 de fevereiro a sessão de clausura do inquérito diocesano, que exigiu a análise de milhares de cartas e escritos.


Esta fase do processo de canonização da vidente de Fátima reúne todos os escritos da Irmã Lúcia, os depoimentos das testemunhas ouvidas acerca da sua fama de santidade e das suas virtudes heroicas, passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

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