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Fundamentalismo evangélico e integralismo católico na América de Trump



"O uso literal da Sagrada Escritura oferece uma visão do mundo em que todos os potenciais inimigossão estigmatizados e demonizados" - AFP


Roma – O Diretor da revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica”, Pe. Antonio Spadaro, e o Diretor da edição argentina do L’Osservatore Romano, o Pastor protestante Marcelo Figueroa, assinam o artigo que alerta para “um surpreendente ecumenismo entre fundamentalistas evangélicos e católicos integralistas, unidos pelo mesmo desejo de uma influência religiosa direta sobre a dimensão política” na era da presidência Trump.


De fato, este estranho e surpreendente "ecumenismo de ódio" - em oposição ao magistério Papa Francisco – é a tese central do artigo que abre a edição 4010 da “La Civiltà Cattolica” de 15 de julho, mas antecipada pela revista neste 13 de julho às 11 horas, horário italiano.


Maior influência da religião

A análise do fenômeno e das suas possíveis consequências revela que “especialmente em alguns governos dos Estados Unidos dos últimos decênios, se observa o papel sempre mais incisivo da religião nos processos eleitorais e nas decisões de governo” e que sempre mais “este entrelaçamento entre política, moral e religião assumiu uma linguagem maniqueísta que subdivide a realidade entre o Bem absoluto e o Mal absoluto”.


Demonização dos inimigos

O uso literal da Sagrada Escritura oferece uma visão do mundo em que todos os potenciais inimigos – dos espíritos modernistas de um tempo, até chegar hoje aos migrantes e aos muçulmanos – são estigmatizados e demonizados.


Tudo isto, segundo os dois autores, “leva o risco de reduzir a comunidade dos crentes, de fé (faith) a uma comunidade de combatentes, da batalha (fight)”.


O elemento relativamente novo neste quadro é que cada vez mais “alguns que se professam católicos se expressam muitas vezes de formas até há pouco tempo desconhecidas de sua tradição e muito mais próximas a um tom evangélico”.


Visão xenófoba e islamofóbica

A principal ligação deste estranho ecumenismo parece ser uma visão xenófoba e islamofóbica, e uma luta em questões no terreno de temas e questões consideradas ligadas a alguns valores tradicionais usados instrumentalmente.


Papa contra os muros

Um “ecumenismo de ódio”, portanto, muito distante do ecumenismo encorajado pelo Papa Francisco.


A partir disto se pode entender melhor, comentam os autores, "o significado histórico do esforço do Pontífice contra os "muros" e contra todas as formas de" guerra de religião", e aquele contra todas as formas de instrumentalização mútua entre o poder político e religioso.

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