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HOMILIA NA EPIFANIA DO SENHOR Ano B - 2018



Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Irmãos e irmãs, chegamos à Epifania; palavra que significa “manifestação do Alto”, isto é, manifestação de Deus. Daquele frágil Menino, ao mesmo tempo grande e forte, que tem o poder sobre os ombros, no dizer de Isaías Profeta.


Esta celebração é um elevar-se das planícies do nosso viver ordinário para enxergar nos sinais simples do presépio de Belém, uma realidade que nos conforta e anima. Conforta por nos dizer que Deus manifestou-se no Filho que nos foi dado; anima, pois nos chama a nos colocar a caminho dAquele que veio, vem e virá ao nosso encontro. Veio em Belém, terra de Davi e sua, vem em nossa terra constantemente, apresentando-se não mais envolto em faixas, mas envolto sob o véu do Sacramento da Eucaristia e que virá, não mais na pobreza dos sinais, mas no esplendor da glória do Pai, como Filho Eteno e Unigênito nascido da Virgem Mãe par a nossa Salvação.


Ele foi conforto e maravilhamento para os pastores e animação para os Reis Magos, Baltazar, Gaspar e Belchior, personagens que também dão nome a este Domingo, chamado pelo povo de “Domingo de Reis”.


Somos chamados às mesmas atitudes deles, fugindo daquelas de Herodes que, idólatra do poder, como tantos hoje ainda, querem matar o Menino; dos judeus que sabendo das profecias, se fazem indiferentes. Sim, também nós somos chamados a investigar os sinais que Deus nos dá para podermos contemplar a Luz que brilhou para nós.


Tais sinais não nos faltam: na natureza, a qual somos chamados a cuidar e preservar, pois para isto nos foi dada, para não nos faltar com seus recursos; não nos faltam sinais na História na qual as Nações se convulsionam e tramam contra Deus e seu Cristo que continua vivendo nos seus membros, pois é a nossa Cabeça; Cabeça do seu Corpo que é a Igreja que continua a realizar o que Deus prometera pelo Profeta Isaías e afirmado também por São Paulo, quando afirma que muitos irão ao encontro do Senhor; nem nos faltam ainda sinais na nossa vida pessoal e comunitária, pois Ele não se nega a Se manifestar a nós a cada dia.


Todavia, muitos se queixam da aparente distância do Senhor, esquecendo que quem O busca não o faz em vão. Aqui, poderíamos perguntar, então, sobre a razão do não encontrar a Deus daqueles que dizem buscá-Lo.

Deus Se dá sempre! Mas não Se dá se, de verdade não O buscamos. Muitos dizem buscá-Lo quando na verdade buscam a si mesmos. Quantos não dizem que não O encontram e quando falam com Ele na oração não são atendidos? Quantos não andam em busca de tantas coisas, dons, prosperidade, curas e libertação, sabe-se lá do quê e de quem? E no entanto, continuam convulsionados e escravizados a tais buscas vãs, pois não encontram a Luz que brilhou para nós...


Tal fenômeno é semelhante à atitude dos judeus, que mesmo sabendo da Profecia, não se moviam; preferiam ficar acomodados nos seus próprios interesses; porque muitos também dizem buscá-Lo, buscando-se, isto é, não Ele, mas a confirmação dos seus desejos, nem sempre de acordo com a Santa Vontade de Deus.


Fujamos da atitude dos judeus, imitemos a dos Reis Magos. Eles, verdadeiramente buscavam e não temeram mover-se de suas distantes terras para O Encontrar; não se acovardaram em perguntar por Ele; e tendo-O encontrado, O reconheceram como o Prometido e o Desejado das Nações como Se mostrou e não como talvez pensassem que fosse. O sinal do reconhecimento, não foi o brilho da estrela passageira, mesmo que parada sobre o lugar, mas a atitude de adoração e reconhecimento do Mistério do qual fala São Paulo: pelo ouro, naquele Menino, o Rei dos Judeus; pela mirra, no filho da Virgem Mãe, um homem como nós, descendente de Davi; no incenso oferecido O Deus nascido...


Fugindo da atitude de Herodes assassino, imitemos os Reis Magos; também na atitude em não nos entregarmos às forças deste mundo que passa. Os idólatras de sempre do poder, seja político, econômico ou do falso controle sobre a própria vida tem medo dEle... Insanos, pensam que Ele pode roubar-lhes; tirar-lhes as migalhas que passam às quais estão apegados e tentam matá-Lo, eliminando-O de suas vidas para entregarem-se loucamente aos seus devaneios...


Não fiquemos indiferentes! Não O busquemos como gostaríamos de O encontrar; deixemos que nos surpreenda! Não o busquemos com medo de perdermos algo... Ele nos dá tudo! Imitando os Reis Magos, fujamos desses Herodes assassinos, não sejamos um deles; fujamos da preguiça e do comodismo dos judeus...


Encontrando e reconhecendo a Deus como Ele quer ser reconhecido na pobreza e simplicidade de Belém, naquela Família querida por Ele, voltemos; voltemos como os Reis Magos: por outro caminho! Ninguém pode dizer que encontrou o Senhor e permanecer o mesmo; trilhando os mesmos caminhos, tendo as mesmas atitudes de antes... Através de tal transformação, é que Deus fará o que cantamos com o Salmista: “Nos seus dias a justiça florirá e grande paz até que a Lua perca o brilho”.


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!



Autor: Prof. Pe. Mestre Samuel Pereira Viana Nascido em Duque de Caxias (RJ) e Ordenado Presbítero na Diocese de Santo Amaro. Mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

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