top of page
  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Instagram Social Icon
  • Google+ Social Icon

Papa na Epifania: para encontrar Jesus é preciso pôr-se a caminho, sempre e sem cessar


“Pôr-se a caminho”: uma ação essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a caminhar, às vezes, arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e enfrentar os imprevistos da nossa vida tranquila, destacou Francisco.


O Santo Padre presidiu, na manhã deste sábado (06/01), na Basílica São Pedro, à celebração Eucarística por ocasião da Solenidade da Epifania do Senhor, cuja festa a Igreja no Brasil celebra este domingo, dia 7.


Ver a estrela, pôr-se a caminho e oferecer presentes


Em sua homilia, o Papa diz que “o nosso percurso ao encontro do Senhor, que hoje se manifesta como luz e salvação para todos os povos”, torna-se mais claro com a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus, deitado em uma manjedoura.


Este gesto dos Magos resume-se em três etapas: veem a estrela, põem-se a caminho e oferecem presentes. Explicando o primeiro “veem a estrela”, Francisco disse que é o ponto de partida. Mas, perguntou: Por que só os Magos viram a estrela­? E respondeu:


É preciso uma meta mais alta, manter alto o olhar


“Porque, talvez, poucos levantaram o olhar para o céu. Na vida, muitas vezes, contentamo-nos apenas em olhar para a terra: saúde, dinheiro, diversão. Mas, será que ainda podemos levantar os olhos ao céu? Sabemos sonhar, ansiar por Deus, esperar a sua novidade? Os Magos não se contentaram com a vidinha de sempre, mas entenderam que, para viver de verdade, é preciso uma meta mais alta e, por isso, manter alto o olhar”.


E Francisco perguntou ainda: “Por que muitos outros, que levantavam o olhar para o céu, não seguiram a estrela, a ‘sua estrela’?” E explicou: “Porque, talvez, não fosse uma estrela ofuscante, que brilhasse mais que as outras”. Os Magos viram uma estrela despontar: era a estrela de Jesus, que não ofusca, mas, gentilmente, convida. E acrescentou:


A estrela do Senhor nos guia e nos acompanha


“Há estrelas ofuscantes, que suscitam fortes emoções, mas não indicam o caminho: o sucesso, o dinheiro, a carreira, as honras, os prazeres, mas não passam de meteoritos, que brilham um pouco, caem e perdem seu esplendor; são estrelas cadentes, que, ao invés de orientar, nos desviam. A estrela do Senhor nem sempre ofusca, mas nos guia e nos acompanha; não promete recompensas materiais, mas garante a paz e causa, como aos Magos, uma imensa alegria; ela nos convida a caminhar”.


De fato, o segundo gesto dos Reis Magos, disse o Pontífice, é “pôr-se a caminho”: uma ação essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a caminhar, às vezes, arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e enfrentar os imprevistos da nossa vida tranquila. Jesus deixa-se encontrar por quem o busca, mas, para encontrá-lo é preciso ir, sair, arriscar, não ficar à espera, parados, acomodados: é um êxodo. E o Papa recordou:


Para encontrar Jesus é preciso entrar em ação


“Deus, que libertou seu povo, por meio do êxodo, e chamou novos povos para seguir a sua estrela, concede a liberdade e a alegria somente a quem está a caminho. Para encontrar Jesus, é preciso entrar em ação, pôr-se a caminho, sempre e sem cessar. Para encontrar o Menino, é preciso arriscar: descobrindo a sua ternura e o seu amor nós nos encontramos”.


Pôr-se a caminho não é fácil. De fato, Herodes, perturbado pelo temor de perder seu poder, com o nascimento do Menino-Deus, não sai do seu Palácio e fica fechado dentro dele. Ao contrário, os Magos falam pouco e caminham muito, se prostram. Aqui, entra seu terceiro gesto, como diz Francisco: “oferecem dons”. Jesus está ali para oferecer a sua vida e salvação, e os Magos lhe oferecem o que têm de mais precioso: “ouro, incenso e mirra”.


Oferecer algo a nossos irmãos mais pequeninos


“Ele, que se fez pequenino por nós, nos pede para oferecermos alguma coisa aos nossos irmãos mais pequeninos, ou seja, aos que não têm como retribuir: os necessitados, os famintos, os forasteiros, os presos, os pobres. São tantos os dons agradáveis a Jesus, entre os quais, assistir os doentes, perdoar quem nos ofende... são dons gratuitos, que não podem faltar na vida de um cristão”.


Francisco concluiu sua homilia convidando os presentes a olhar nossas mãos, muitas vezes vazias de amor, e enchê-las com presentes gratuitos, sem retribuição. Por fim, elevou ao Menino- Deus a seguinte invocação: «Senhor, fazei-me redescobrir a alegria de doar».


DESTAQUE
bottom of page