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Como os governos podem combater o aborto? Especialista propõe “soluções positivas”



Imagem referencial. Foto: Flickr de Bayu Aditya (CC-BY-2.0).


MADRI- Cristina Valverde Johnson, advogada da Universidade de Navarra (Espanha), com mestrado em Direito Canônico e em Matrimônio e Educação Familiar, apresentou recentemente algumas soluções positivas para impedir a prática do aborto.


Para Valverde Johnson, é evidente que “o aborto mata um ser humano inocente e que nenhuma mulher pretende ter que abortar”.


“Portanto, vamos nos concentrar em soluções positivas que realmente ajudam as mulheres”, assinala em seu artigo.


Indica que a primeira chave é reduzir o número de gravidezes na adolescência. Entre os principais pontos para alcançá-lo, diz a especialista, é necessário adiar a atividade sexual e “impedir o consumo de álcool e drogas que alteram a percepção da realidade e do estado de consciência”.


Além disso, incentiva a propor às crianças e aos adolescentes um projeto de vida “que seja interessante e os ajude em seu futuro”.


Também é importante “a formação dos pais em relação à afetividade e à sexualidade de seus filhos” e “a educação afetiva e sexual: para crianças e adolescentes com a presença de seus pais baseada no autoconhecimento, autocontrole e autorrespeito, de acordo com o desenvolvimento fisiológico das crianças e adolescentes”.


Além disso, Valverde Johnson destaca que se deve controlar “o horário e o conteúdo dos programas nos meios de comunicação para evitar conteúdo que exponha crianças e adolescentes a temas e situações de adultos”.


A segunda chave é erradicar a violência sexual. Valverde Johnson propõe colocar em prática “planos de moradia que identifiquem espaços para adultos e outros para crianças e adolescentes para evitar casos de abuso sexual”.


Além disso, sublinha, “precisamos combater a pornografia infantil e a pornografia com violência física e sexual”, pois estudos apontam que os consumidores de pornografia estão mais propensos “a ser sexualmente agressivos na vida real”.


Também é necessário “quebrar o círculo da violência intrafamiliar, através de acompanhamento e terapias” e “promover uma cultura que respeite as mulheres e não as tratem como objetos sexuais”.


Para a especialista, também é fundamental apoiar a maternidade: “Diante de uma situação difícil, apresentamos o aborto como a única opção? Melhor que apoiemos a mãe e o seu filho”.


Isso se alcança, assinala, “reduzindo a pobreza, especialmente a pobreza feminina”, assim como promovendo “o acesso à educação e à formação profissional”.


Entre outras propostas, Valverde Johnson incentiva o “desenvolvimento de microempresas e microcréditos para o desenvolvimento profissional das mulheres e do seu entorno” e “o estabelecimento de um seguro social de maternidade para as donas de casa”.


Além disso, indica que são necessários “Centros de Orientação Familiar para apoiar as mulheres, especialmente aquelas em estado de vulnerabilidade”.


O quarto ponto chave é a redução da mortalidade materna e infantil. E é possível consegui-lo através da “educação da mulher” e dos cuidados pré, peri e pós-natal.


É necessária ainda a “nutrição complementar das mulheres grávidas e dos seus filhos” e o “acesso universal a melhores instalações de saúde materna”.


Para Valverde Johnson, também se pode considerar “sanções alternativas em vez de privação de liberdade” para mulheres que cometeram abortos.


Entre estas sanções poderiam estar o “serviço à comunidade, a conscientização do crime cometido e o acompanhamento para a sua cura física e psicológica”.


“As consequências psicológicas do aborto são reais. Não é um tema cultural ou religioso, mas fisiológico”, assegura.


“Com o aborto, a mulher vive a experiência traumática da morte violenta do seu filho dentro do seu corpo e o seu organismo reage”, acrescenta. Por isso, “é necessário cuidar das sequelas físicas e psicológicas que o aborto pode causar à mulher, porque não só as afetam, como também a toda a sua família”.

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