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Família: amor e missão


O Regional Nordeste 2 da CNBB realizou sua 51ª Assembleia Pastoral, no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca (PB), de 18 a 21 de outubro. Com a assessoria do Bispo Diocesano de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, participaram da Assembleia: bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos dos estados da Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em razão do tema “Vocação e missão da família”, vieram casais de todas as Arqui/Dioceses do Regional. O lema “O amor é nossa missão” já indica qual é a força geradora da família: o amor. Com efeito, não se pode falar de família sem aquilo que é sua essência e a sustenta: o amor.


A família é vista por muitos olhares. A primeira leitura a seu respeito, que dispensa maior aprofundamento, é feita por qualquer pessoa porque dela provem. Todavia, para melhor compreensão e análise da família, há aspectos que são objeto de estudos, como os de natureza bíblica, histórica, política, pastoral. A origem da família tem uma face bíblica, na visão de quem crê na criação como obra de Deus, como ensina o livro do Gênesis. O olhar histórico revela que essa instituição, ao longo dos milênios, assumiu a face do tempo, nas diversas civilizações. Dado o seu lugar na estrutura da sociedade, o olhar político deu e dá um tratamento muito diferenciado, de acordo com sua concepção de família. O reconhecimento da importância e o cuidado com a preservação dos valores da família sempre estiveram presentes no olhar pastoral da Igreja.


A Assembleia Regional dedicou seu olhar à família, considerando sua vocação e missão. Fiel ao ensinamento da Sagrada Escritura e a sua doutrina, a Igreja considera família aquela que é constituída pelo homem e pela mulher, de cuja união, segundo a lei da natureza, nascem os filhos que são o fruto visível de seu amor. “A família, fundada no vínculo indissolúvel do matrimônio, constituída por um homem e uma mulher e por eventuais filhos, é o modo melhor de viver o amor humano, a maternidade, a paternidade, porque corresponde ao desígnio de Deus; é o caminho da maior realização humana e, ao mesmo tempo, constitui o bem mais decisivo para que a sociedade cresça na paz”.


Maternidade e paternidade estão necessariamente associadas à perpetuação da humanidade e à existência da sociedade. No entanto, no mundo contemporâneo, devido a mentalidades diversas, a novos costumes e a disposições legislativas, em diversos países, a constituição da família tem derivado para modelos que, em verdade, negam o conceito original de família. São muitos os desafios que a família experimenta. Um desses desafios é a sua desagregação, causada por muitos fatores, que exigem presença de pessoas e instituições e intervenção de adequadas políticas públicas. Outro desafio enfrentado pela família revela-se na banalização da vida, promovida, em muitos casos, dentro dos lares, estimulada por segmentos da sociedade e apoiada por instituições.


O direito à vida está no plano da ordem natural, sempre assegurado pela lei divina; como consequência, o reconhecimento da dignidade da vida deveria fazer parte da formação das pessoas, da educação da sociedade e da responsabilidade dos poderes públicos. Assim, apesar de não ter consciência de sua condição no ventre materno, o feto é sujeito de direitos que devem ser reconhecidos por pessoas e instituições. A pessoa idosa, por sua vez, exatamente por ter consciência do que lhe ocorre, sofre muito quando percebe a injustiça causada pelo desrespeito aos seus direitos.


Em sua ação pastoral, a Igreja não desconhece os desafios que a família enfrenta, a cada dia; de forma ativa, procura compreendê-los e contribuir para sua superação através de ações que privilegiem os “aspectos positivos da vida em família”. A espiritualidade conjugal sustenta a família diante de seus desafios; a oração alimenta sua missão diante de uma realidade em profundas transformações. A vocação da família é servir aos seus membros e à sociedade, em qualquer contexto, tempo e lugar.



Autor: Dom Genival Saraiva

Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba

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