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Universalidade do Jubileu


Por uma providencial iniciativa do Papa Francisco, o Jubileu da Misericórdia teve um especial caráter de universalidade porque sua abertura, no dia 8 de dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceição, e seu encerramento, no dia 20 de novembro de 2016, Festa de Cristo Rei, aconteceram em Roma que é identificada mais como referência do mundo católico do que como capital italiana. Na verdade, essa referência é o Vaticano, uma minúscula nação, se considerada demográfica e territorialmente.


A universalidade do Jubileu é identificada também nas celebrações que foram realizadas em todas as Dioceses do mundo. A catolicidade da Igreja consiste, exatamente, nessa sua face plural. Na verdade, unidade e pluralidade são elementos constitutivos da natureza da Igreja Católica. A doutrina e a liturgia da Igreja revelam, de forma muito explícita, essa unidade e catolicidade da Igreja. Com efeito, o Catecismo e a Liturgia ensinam que a Igreja é “una, santa, católica, apostólica, romana”.


O encerramento do Jubileu nas Diocese e em Roma é revelação do que aconteceu e continuará acontecendo no tocante à catolicidade da Igreja. Todas as Dioceses do mundo vivenciaram o Ano da Misericórdia, mediante uma programação que teve rosto próprio em relação à misericórdia. Da mesma maneira, o encerramento da programação jubilar, em cada Diocese, apresentou o seu retrato, em razão da experiência vivida e das obras de misericórdia que foram assumidas, espiritual, social e materialmente, como gesto concreto. Sob esse aspecto, a pluralidade de expressão é sinal da riqueza da diversidade eclesial, graças ao atributo da unidade que é uma das suas notas distintivas.


A Arquidiocese da Paraíba encerrou o Ano da Misericórdia com a reafirmação dessa verdade: a graça de Deus, além de sua ação no coração de cada pessoa, por sua própria força, chega através da mediação da Igreja. O anúncio de Jesus Cristo, irradiado no testemunho dos fiéis, e a ação evangelizadora, com “o bálsamo da misericórdia”, entre outros, foram elementos que contribuíram para a culminância do Jubileu da Misericórdia, com o atendimento aos fiéis na Lagoa, coração da cidade de João Pessoa, e no Adro de São Francisco, face histórica da fé católica, com a Concelebração Eucarística. Isso falou, antes de tudo, ao coração das pessoas e, pela via da organização pastoral, à família arquidiocesana.


Em relação, especificamente, ao encerramento, em Roma, escreveu o Papa na Bula “Rosto da Misericórdia”: “O Ano Jubilar terminará na Solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei do Universo, 20 de novembro de 2016. Naquele dia, ao fechar a Porta Santa, animar-nos-ão, antes de tudo, sentimentos de gratidão e agradecimento à Santíssima Trindade por nos ter concedido este tempo extraordinário de graça.


Confiaremos à vida da Igreja, a humanidade e o universo imenso à Realeza de Cristo, para que derrame a sua misericórdia, como orvalho da manhã, para a construção duma história fecunda com o compromisso de todos no futuro próximo. Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós”.


O encerramento do Jubileu da Misericórdia, com o fechamento da Porta Santa na Basílica de São Pedro, tem também o caráter de universalidade com o Consistório de novos Cardeais, procedentes dos cinco continentes, entre os quais está o atual Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha.

O Jubileu da Misericórdia é concluído como acontecimento histórico. Seus frutos continuarão sendo colhidos na vida dos fiéis e na ação da Igreja, na medida em que todos forem “Misericordiosos como o Pai”.


Autor: Dom Genival Saraiva

Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba

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